Na história anterior aprendemos que Deus providenciou a humanidade um novo recomeço. Ele destruiu todas as pessoas da face da terra por causa da maldade no coração do homem, deixando apenas Noé e sua família. Também destruiu quase todos os animais da terra, deixando apenas um casal de cada espécie para repovoar a terra após o dilúvio.
Ao renovar a aliança com Noé e sua família, Deus os ordenou a se multiplicarem e encherem a terra. E em Gênesis 9.19, nos é dito que a terra foi povoada a partir de Sem, Cam e Jafé. Eles e suas esposas tiveram filhos, que depois se casaram e tiveram mais filhos. E, assim, a terra foi se enchendo cada vez mais e quanto mais se enchia, mais eles precisavam mudar de um lugar para outro, cumprindo a ordem de Deus. Apesar das famílias crescerem e se espalharem, havia na terra apenas uma linguagem e uma maneira de falar (Gênesis 11.1). Isso quer dizer que todos se entendiam bem quando estavam conversando.
Mas houve um momento em que o povo encontrou uma terra muito boa para morar. E daí, eles decidiram desobedecer a Deus e não mais se espalhar pela terra. Decidiram construir uma cidade e também uma torre. Não seria um problema construir uma cidade, mas o desejo deles era ficar ali de maneira permanente e não se espalhar mais pela terra como Deus mandou. E no caso da torre, com orgulho no coração eles queriam que ela fosse tão alta que chegasse até ao céu e que o nome deles fosse conhecido por causa dessa grande construção. Claro que os homens sabiam que não seria possível construir uma torre que chegasse até ao céu, mas o que eles queriam dizer é que queriam a torre mais alta para ficarem famosos em todos os lugares.
Deus que vê tudo e sabe de tudo, não se agradou com essa atitude do seu povo. Vocês sabem que Deus está em todo lugar. Ele não tem corpo e nem fica limitado a somente um espaço. Não existe nada que possa ser comparado a Deus. A Bíblia diz que “Deus desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam.” Gênesis 11.5. Engraçado, não é? Os homens achavam que a torre era tão alta que chegaria até o céu, mas Deus teve de descer para ver a torre. Com certeza era uma torre alta, mas nem a torre mais alta do mundo pode desafiar a grandeza de Deus. Mas os homens orgulhosos queriam não apenas desobedecer a Deus, mas até mesmo desafiá-lo.
Deus então resolveu o problema da desobediência, rapidinho. Vocês lembram que todos falavam a mesma linguagem, não é? Pois a partir daquele momento, Deus fez com que as pessoas não conseguissem mais entender umas as outras. Imaginem que confusão! Os trabalhadores querendo continuar a obra da Torre e de repente um não conseguia entender o que o outro falava.
Assim, eles pararam de construir a torre e tiveram de se espalhar pela terra. Se espalhar pela terra e possuí-la era uma bênção de Deus, mas agora eles teriam de se espalhar como se fosse um castigo, indo pelos cantos da terra, contra sua própria vontade.
O nome daquela cidade ficou conhecido como Babel, que significa “Confuso”. Vejam a frustração dos homens! Eles queriam que sua construção fosse tão magnífica que ficassem conhecidos por todo o mundo! E na verdade ficaram! Mas como uma construção para sua própria vergonha. O nome da cidade com certeza não foi o nome que eles gostariam que ela tivesse. Mas o castigo da desobediência foi registrar sua desobediência e vergonha para que todos ficassem sabendo.
As nações a partir daquele momento estariam divididas de acordo com sua língua.
Mas Deus já tinha em seus planos de unir todas as nações de volta. No dia de Pentecostes já houve um sinal sobre isso quando as pessoas começaram a ouvir as maravilhas de Deus em línguas de diversas nações.
Em Apocalipse 7.9-12 nós lemos sobre uma grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono do Senhor Jesus Cristo, dizendo: “Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.”
A confusão que foi criada por causa da rebeldia dos homens, foi desfeita pela obra de salvação do nosso Senhor Jesus Cristo.
Que Deus nos abençoe!
Perguntas para fixação de conhecimento.
1 – Qual foi a desobediência do povo?
2 – O que Deus fez para fazer as pessoas se espalharem?
3 – Como ficou conhecida aquela cidade?
MATERIAL DE APOIO A ELABORAÇÃO DAS HISTÓRIAS
1 – Bíblia de Estudo de Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible: discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro, NC (USA). 2011
3 – S. G. De Graaf, Promise and Deliverance (vol. 1). Paideia Press. St. Catharines. Ontario (CA) 1977
4 – Matthew Henry. Comentário Bíblico – Volume I – de Gênesis a Deuteronômio. CPAD. 4ª Impressão, 2017
5 – João Calvino. Comentário no livro de Gênesis. Volume 1. CLIRE, 1ª Edição, 2018
Manual de Instruções práticas para Abrir uma Escola Cristã
Por: Elias Barbosa da Silva
Maceió, Agosto de 2021
Este manual tem como propósito apenas apontar um caminho a
seguir, de maneira que aqueles que pensam em abrir uma escola possam levar isso
em consideração e assim não partir do zero. A pretensão não é que tudo se
resuma a esta lista, pois outros itens podem ser acrescentados. A realidade se
mostrará que cada um dos passos a ser seguido precisará de mais pesquisas e
ações, pois novas necessidades podem surgir. Para um estudo mais detalhado
sobre como organizar e desenvolver uma escola cristã é recomendada a aquisição
do livro publicado pela Associação Internacional de Escolas Cristãs (ACSI) –
Organização e Desenvolvimento de uma Escola Cristã. https://www.acsi.com.br/lojavm/livros/organizando-desenv-detalhes
Esse livro da ACSI é bem completo, pois dará dicas,
inclusive, sobre documentação escolar, contratação e avaliação de professores,
declarações de fé, etc. E além do livro, a ACSI costuma realizar um encontro
anual voltado para grupos que pretendem abrir uma escola cristã.
O material aqui apresentado é mais simples. É fruto das
experiências adquiridas ao ajudar a abrir a Escola Cristã João Calvino em
Maceió-Alagoas e também fruto de alguns conhecimentos adquiridos na
participação de cursos ou leitura de livros.
A lista abaixo segue a partir do entendimento de que se trata
de um contexto em que pais cristãos ou membros da igreja em geral resolvem
abrir uma escola nos formatos convencionais para auxiliar os pais na educação
de seus filhos.
É importante saber que a própria lei brasileira autoriza a
criação de escolas confessionais (Artigo 209 da Constituição Federal – CF; Artigo
7º e 19 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB).
Passo-a-passo para abrir uma escola cristã:
Passo 1 – Provérbios 15.22: “Onde não há conselho fracassam os
projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito.”
O primeiro e grande passo é reunir um grupo de interessados
no tema para pesquisar e compartilhar visões e expectativas. Eles podem orar
juntos, estudar juntos e se encorajarem mutuamente. Juntos é sempre melhor que
sozinhos para esse tipo de projeto grandioso.
Passo 2 – De quem é a escola?
Essa definição é um ponto de partida muito importante, pois
um mal-entendido sobre esse projeto escolar pode acabar em problemas sérios
entre membros da igreja e consequentemente redundar em problemas para o
Conselho da igreja. A abertura de uma escola cristã pode surgir a partir da
estimulação por parte do Conselho da igreja, mas o ideal é que a escola não
seja um projeto do Conselho, pois a escola é um projeto muito complexo e não é
papel do Conselho gerir uma estrutura escolar. A criação de uma escola cristã é
um projeto que beneficiará toda a igreja, mas não precisa ser um projeto da
igreja como instituição. Se ocorrer da escola ser um projeto da igreja, a recomendação
é que o Conselho crie uma estrutura e nomeie uma Comissão de Educação para
tratar de todos os assuntos relacionados a escola. A agenda do Conselho precisa
priorizar o cuidado pastoral de seu rebanho. Seu envolvimento máximo na escola
deveria ser o de orar e supervisionar como os pais estão cumprindo seus votos
no batismo de seus filhos, o que pode incluir a matrícula em uma escola cristã.
Membros do Conselho que fizerem parte de alguma comissão educacional precisam
estar lá não por serem presbíteros ou pastores, mas por serem pais interessados
na educação dos filhos da aliança.
Passo 3 – Criação de uma Associação da Escola Cristã.
A Escola é cristã e parte do entendimento de que educação é
responsabilidade dos pais e ocorre no contexto da comunidade da aliança. Assim,
todos os interessados no projeto devem se unir e formar uma associação
legalmente estabelecida. Claro que inicialmente um grupo terá de estudar e
criar um Estatuto que definirá os objetivos do projeto e a estrutura da
organização, o que envolve: declaração de fé, perfil e papel dos membros, nomeação
de conselho deliberativo e conselho fiscal, prestação de contas, distribuição
de tarefas, etc. A associação é formada por voluntários, ou seja, que não são
remunerados por serem membros da associação, mesmo aqueles que exercem uma
função mais específica no Conselho Deliberativo ou Conselho Fiscal. Quando o
momento chegar, ela terá de contratar um diretor executivo para a escola. Esse
diretor é remunerado e será o trabalhador que implementará a visão da
Associação. Esse diretor não é o dono da escola, mas um servo que implementa
uma visão e se submete a esta visão. É preciso, porém, estabelecer com muita
clareza as atribuições tanto do Conselho Deliberativo como do diretor executivo
da escola, pois deve-se evitar o risco de membros do Conselho Deliberativo
quererem micro-administrar a escola, assim como também pode ocorrer do diretor
executivo querer criar um “muro” entre a escola e o Conselho deliberativo. A
criação de estruturas claras no início é muito importante.
Observação: O ideal seria que desde o início a associação pudesse
contratar um diretor, pois ele serviria para trabalhar em diversas esferas
auxiliando a associação, especialmente considerando que muitos membros da
associação têm seus trabalhos diários e nem sempre têm tempo para realizar
determinados trabalhos.
Passo 4 – Visitar escolas cristãs já estabelecidas.
Aprender com a experiência de outros é muito importante.
Procure viabilizar a possibilidade de realizar visitas a escolas já
estabelecidas e conversar com os diversos profissionais que a administram. Também
seria muito bom conversar com membros de associações de escolas cristãs para
aprender com suas experiências em cuidar de uma escola.
Passo 5 – Procure Associações de Escolas Cristãs.
Existem associações que podem ajudar bastante no trabalho de
abrir uma escola. Uma rápida pesquisa poderá mostrar diversas opções. Escolha
aquela cuja visão e missão se alinhem mais com a escola que se pretende criar. Fazer
parte de uma associação de escolas traz diversos benefícios. Algumas
associações oferecem cursos com desconto, eventos e também livros. Mas isso não
é o mais importante. Uma boa associação pode oferecer assistência e
consultoria, além de representatividades valiosas em diversas esferas. Uma
associação representa um universo de escolas e assim, estará sempre atenta as
demandas da educação cristã. Isso é muito importante, especialmente nos dias de
hoje. Por conhecer melhor, eu recomendo a ACSI – Associação Internacional de
Escolas Cristãs.
Passo 6 – Procurar os órgãos competentes para fazer uma lista
do que é exigido para abrir uma escola cristã.
Existem leis nacionais, estaduais e municipais que gerem a
educação. Se o desejo é ter uma escola de acordo com a lei, esses órgãos não
podem ser negligenciados. Até mesmo resoluções de sindicatos de professores e
de escolas devem ser pesquisadas. Nesse momento, a existência de um diretor
executivo pode ser bastante útil, mas também é possível a escola procurar algum
tipo de consultoria profissional para agilizar a obtenção das respostas.
Existem leis que falam sobre a formação mínima dos
funcionários da escola; sobre a quantidade de alunos permitidos na sala de
aula, etc.
Não desanime com a lista. Ela pode ser extensa e burocrática,
mas com o trabalho de todos ela será conseguida.
Passo 7 –Trabalhar na criação dos documentos fundamentais para a organização
de uma escola cristã.
O Estatuto da Associação é fundamental pois ele é quem
fundamenta o direito daquele grupo de abrir um projeto educacional. Ele deve
ser apresentado junto com outras documentações exigidas. Mas no dia a dia de
uma escola, os principais documentos que devem estar presentes nela são:
1 – Regimento Escolar: documento que vai gerir todos os relacionamentos dos
envolvidos no processo educacional do estabelecimento de ensino. Também fala
sobre como se darão os processos de matrícula, avaliação, normas disciplinares,
calendário escolar, etc.
2 – Proposta Pedagógica (Currículo): Vai apresentar e fundamentar o
conteúdo e as estratégias que serão adotadas para atingir os objetivos da
aprendizagem dos alunos. Você precisará olhar a Base Nacional Comum Curricular –
BNCC. Associações de Escolas cristãs podem oferecer bastante apoio nisso.
Além desses
documentos, pode ser bastante útil a criação de um manual de instrução para
pais, alunos e funcionários, pois podem tratar de maneira mais detalhada como
serão os procedimentos dentro da escola.
Passo 8 – Sustentabilidade financeira da escola.
Esse tema é crucial e vai influenciar diretamente na
estrutura da escola. Cada vez menos organizações se interessam por compromissos
de doação de longo prazo para manter custos operacionais de escolas cristãs. É
mais fácil conseguir uma doação para construir um prédio escolar ou para
oferecer cursos para os professores do que ter parcerias de longo prazo para
manter o funcionamento de uma escola cristã. E pensando nisso, a Associação
Escolar precisa definir bem o que quer e como pretende concretizar seu plano.
Uma escola que pretende atender apenas alunos de sua própria igreja ou
denominação, terá um custo muito alto por aluno caso queira abrir uma escola
nos termos da lei, pois a lei define a estrutura mínima para funcionamento de
uma escola, independentemente da quantidade de alunos. Por exemplo: você
precisa de um professor por série, mesmo que em cada sala haja apenas 10
alunos. E o gasto para gerir a escola deve considerar todos os funcionários:
diretor, secretário escolar, coordenador pedagógico, professores, auxiliar de
limpeza, auxiliar de sala, porteiro, etc, além dos demais gastos operacionais
como energia, internet, equipamentos e suas manutenções, etc. É comum que uma
escola pequena acumule tarefas para determinados funcionários, mas ainda assim,
dependendo da quantidade de alunos de sua igreja ou denominação, os gastos
serão muito altos e entrarão na balança quando os pais forem decidir matricular
seus filhos na escola. Aqui temos de ser realistas! Uma família que ganha
salário-mínimo não poderá pagar R$ 600,00 por mês para mandar seu filho para
uma escola cristã.
É importante se pensar em como envolver toda a comunidade da
igreja por meio de um trabalho de conscientização de que a escola cristã existe
para o bem da comunidade da fé em primeiro lugar, mesmo que ela decida abrir
para alunos de fora. Pode-se pensar em estabelecer uma contribuição fixa para
todos os que resolvem fazer parte da associação e também solicitar ao Conselho
a criação de uma oferta especial voluntária da igreja para a escola cristã.
Para viabilizar a criação e manutenção da escola cristã, pode
ser necessário abrir para qualquer aluno que esteja procurando uma escola
cristã. Isso não é um problema em si desde que a escola tenha documentações
claras sobre sua filosofia de ensino e estrutura educacional. Há muitos pais
que procuram exatamente uma escola que tenha valores e regras como as que a
escola cristã oferece. Assim, eles facilmente se submeterão e apoiarão no que
puderem.
Faz parte das atribuições de um diretor pensar em estratégias
de marketing para divulgar a escola. Assim, é importante pensar em atingir o
público evangélico para que entendam e procurem uma educação cristã
comprometida com as verdades do Evangelho para seus filhos.
A escola precisa ter em vista que precisa procurar um ponto
de equilíbrio financeiro que não apenas permita a operacionalização do projeto,
mas também a criação de um fundo para emergências e para desenvolvimento. Tudo
isso precisa ser contabilizado na hora de estabelecer um preço para a
mensalidade. Também é preciso levar em conta que a educação envolve vários
aspectos: morais, espirituais, intelectuais, emocionais e físicos. A oferta da
educação deve buscar contemplar esses aspectos, mantendo-se fiel a sua
confessionalidade, mas também atrativa aos que procuram uma educação diferente.
A educação cristã é diferente não por ter alguns versículos
pendurados nas paredes das salas, nem por ter momentos de cânticos e oração,
mas por ensinar de maneira consciente e consistente todo o conteúdo do ensino
de acordo com uma cosmovisão cristã. Isso vai demandar investimentos em
materiais didáticos e em capacitação profissional. Observar esses aspectos é
muito importante, pois não se trata apenas de abrir uma escola, mas também
administrá-la para que se desenvolva e se solidifique no decorrer dos tempos. É
muito comum projetos educacionais iniciarem de acordo com espaços disponíveis
na igreja ou em locais cedidos. Mas se o pensamento é de uma escola autônoma
financeiramente, é preciso desde o início pensar estrategicamente sobre cada
passo, o que deve incluir a aquisição de local cada vez mais adequado ao
cumprimento da proposta educacional.
Passo 9 – Procurar parcerias para sustento financeiro.
Como dito no item anterior, cada vez menos organizações
querem se comprometer por longo prazo para apoiar gastos operacionais de uma
escola cristã. Mas não custa nada elaborar um projeto e procurar parcerias. O
que vai pesar bastante é a capacidade que a Associação terá de convencer os
doadores de que conseguirá a independência financeira no decorrer dos anos. A
associação pode procurar vários tipos de parcerias:
A – pedido de doação para compra de móveis e equipamentos para a escola;
B – pedido de doação para aquisição de um terreno;
C – pedido de doação para construção do prédio escolar;
D – pedido de doação para apoiar o projeto escolar com “x%”
durante “x” anos.
E – etc.
A procura não é garantia de sucesso, mas servirá como ponto
importante para o planejamento financeiro, inclusive para determinar o momento
ideal para iniciar o projeto.
Nesse aspecto de busca de apoio, muitas organizações
considerando um fator determinante para liberação de apoio, a existência de uma
contrapartida por parte do grupo que quer realizar o projeto e também a
garantia de uma prestação de contas clara, precisa e auditável. Quando a igreja
como um todo está envolvida, e quando os próprios membros da Associação mostram
que estão dispostos a pagar quantia considerável para o projeto, é um forte
indício de que ali há uma estrutura confiável.
Será muito difícil receber apoio quando os maiores
interessados não mostram entendimento nem desejo de fazer sacrifícios para a
criação e desenvolvimento do próprio projeto.
Passo 10 – Em qual bairro a escola será estabelecida?
A localidade também tem relação com a sustentabilidade
financeira da escola. Apesar que o foco principal da escola será os membros da
igreja, deve-se ter em mente que a escola não será iniciada para se acabar
depois que a primeira turma concluir um ciclo. Assim, não se deve pensar em
primeiro lugar no fácil acesso dos membros atuais, mas sim num local
estratégico que garanta fácil acesso para qualquer um que pretenda frequentar a
escola, inclusive de bairros mais distantes. É preciso que se observe se há pontos
de ônibus próximos, se tem espaço para estacionamento, se o bairro tem o mínimo
de segurança, se é rodeado de residências, etc.
É possível cair na tentação de priorizar o custo baixo para
aquisição de um terreno, mas se tal terreno não for localizado em local
estratégico, a escola fatalmente sofrerá com falta de alunos no futuro.
Passo 11 – Contratação
de funcionários.
A escola cristã é permitida ensinar de acordo com sua
ideologia (confissão de fé). Logo, não é difícil de entender que é preciso ter
funcionários que estejam alinhados com essa ideologia. Todo tipo de empresa
procura funcionários que se alinhem com a missão, visão e os valores de tal
empresa. Não é diferente com uma escola confessional. Esse será um ponto fundamental
para que o projeto cumpra seus objetivos de educar os filhos dos crentes de
acordo com a fé de seus pais. A escola precisa contratar professores que
assinem a declaração de fé da escola. O ideal é que não apenas assinem, mas
também vivam tal doutrina. A escola cristã não pode ser vista como uma
oportunidade de emprego, mas como uma oportunidade de servir aos pais na
educação de seus filhos. Às vezes a realidade se mostra que não há pessoas
dispostas a trabalhar na área de educação. Uma solução possível é identificar aqueles
com dons e até investir em cursos de formação de professores, para que a escola
tenha mão de obra qualificada e alinhada com sua confissão de fé.
De maneira resumida e geral os setores básicos da escola são:
direção, secretaria, coordenação pedagógica, professores, portaria, pessoal de
apoio a manutenção e limpeza.
Dependendo do tamanho da escola, pode-se ter diversos
setores: Tecnologia da Informação, marketing, segurança, controle disciplinar,
recepção, etc.
Mas o normal é que no início, alguns possam receber alguns
acréscimos de função, sendo remunerados por isso, ou simplesmente ter descrito
em suas atribuições contratuais a inclusão de lista de tarefas diversas dentro
de suas capacitações e carga horária. Por exemplo: é muito comum o secretário
escolar ser o “recepcionista” da escola e também cuidar de aspectos
financeiros.
Passo 12 – Estabelecer um plano de cargos e salários para
todos os funcionários da instituição.
É muito comum escolas começarem na informalidade e só depois
de alguns anos ela começar a se organizar em termos de legalidade trabalhista.
Isso é muito perigoso. O ideal é realmente começar da forma correta, com todos
os funcionários recebendo de acordo com a lei. Considerando a escassez,
especialmente de professores, é importante a associação considerar fortemente a
possibilidade de pagar um salário que não apenas seja de acordo com a lei, mas
também atrativo. Isso também servirá para manter bons professores no seu
quadro. Procure valorizar as formações acadêmicas em seus diversos níveis e
também garantir que haverá uma linha do orçamento para investimento em
capacitação dos profissionais de sua escola.
Passo 13 – Comunicação clara com os mantenedores, inclusive
pais de alunos.
A escola precisa se comunicar com clareza e prestatividade
com todos os que fazem parte do ambiente escolar. É importante incluir nessa
comunicação os doadores de fora ou de dentro da própria igreja. Também a
própria igreja como um todo precisa lembrar em orações daquele projeto tão
importante de suporte a educação de seus filhos. Não perca oportunidade de
manter sua igreja informada acerca dos principais acontecimentos e conquistas
de sua escola. Não deixe para comunicá-los apenas no momento que precisar de
apoio financeiro. O quanto mais cientes do projeto eles estiverem, mais fácil
será ter sua contribuição.
Passo 14 – Estejam sempre dispostos a aprender.
Realizem eventos e treinamento não apenas para os
profissionais da escola, mas também para membros da associação e sempre convide
a igreja para que mais pessoas conheçam e se interessem pelo projeto
educacional. A associação precisa ser renovada no decorrer dos anos. Por mais
que os membros possam permanecer de maneira vitalícia na associação, o Conselho
Deliberativo e Fiscal, e também outras comissões precisam ser sempre renovadas,
mas sempre procurando garantir que os mais experientes compartilhem
conhecimento com os mais novos. As pessoas passam, mas a associação precisa
continuar firme.
Passo 15 – Quando possível invista num vice-diretor ou
diretor adjunto para a escola.
A mesma lógica do ponto anterior: diretores passam, mas a
escola permanece. Embora não seja automático que um vice-diretor assuma o cargo
de direção, é sábio investir em alguém que tenha potencial de liderança e se
revista da missão e visão da escola. Essa pessoa, ao mesmo também poderá ajudar
e aprender junto com o diretor.
Considerações finais
Os itens acima são apenas uma lista de apoio e não um código
oficial. Como falado acima, muitas necessidades podem surgir a depender do
contexto de onde se pretende abrir uma escola. Mas com esta lista pode servir
como ponto de partida para, pelo menos, um direcionamento de estudos.
História 6 – A aliança de Deus
com Noé – Gênesis 8 e 9.1-19.
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Alexandrino
Moura
Vimos na história anterior que
Deus estava profundamente decepcionado com a maldade da humanidade e por isso
decidiu destruí-la por meio de um dilúvio. Mas ele escolheu Noé e sua família
para dar continuidade aos Seus planos de salvação da humanidade. Noé foi
ordenado a construir uma grande arca, onde entraria com sua esposa, seus filhos
e as esposas de seus filhos. E ainda um casal de cada espécie de animal de
acordo com as instruções de Deus, entraria na arca para serem usados para
repovoamento da terra.
A Bíblia diz que romperam-se
todas as fontes de águas na terra e no céu. As águas subiram tanto que chegaram
a ficar mais de seis metros acima dos montes. Todos os seres em que havia
fôlego de vida morreram.
Mas a arca que Deus, em sua
sabedoria, ordenou que Noé fizesse vagava por sobre as águas. Imaginem! A arca
tinha aproximadamente 140 metros de cumprimento; 23 metros de largura e 13,5
metros de altura. Ela tinha três andares para abrigar os diferentes tipos de
animais além de Noé e sua família.
No estado do Kentuck, nos Estados
Unidos, foi construída uma réplica da arca com base nas dimensões apresentadas
na Bíblia.
Em Hebreus 11.7 nós lemos: “Pela
fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e
sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual
condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé.”
Noé confiou em Deus e foi um
instrumento usado por Deus para condenação dos homens daquela época e para
salvação da linhagem do nosso Salvador Jesus Cristo.
O dilúvio durou quarenta dias e as
águas permaneceram sobre a terra por 150 dias. Deus então, sabendo que Noé, sua
família e os animais estavam na arca, fez soprar um vento sobre a terra e as
águas baixaram.
Depois de quarenta dias, Noé
abriu a janela que tinha na Arca e soltou um corvo (um pássaro preto), mas esse
pássaro ficava indo e voltando, o que mostrava que não via terra seca ainda
para ele pousar. Depois Noé soltou uma pomba para ver se já havia terra seca,
mas a pomba não achou onde pousar e por isso voltou para a arca. Noé esperou
mais 7 dias e de novo soltou a pomba para fora da arca.
À tarde, ela voltou para Noé e
trazia uma folha nova de uma árvore chamada oliveira. Isso já era um sinal de
que a terra já estava aparecendo. Noé esperou mais sete dias e soltou a pomba,
e desta vez a pomba não retornou a ele, e assim ele entendeu que ela encontrou
um lugar para morar.
Com certeza Noé e sua família, e
imagino que até mesmo os animais estavam muito ansiosos para sair da arca, mas Noé
ainda esperou pela ordem de Deus. Finalmente depois de mais ou menos um ano,
Deus ordenou que Noé e toda sua família saíssem da arca e também os animais.
Para mostrar sua gratidão e
obediência a Deus, Noé construiu um altar e ofereceu uma oferta de sacrifícios
a Deus. Deus se agradou dos sacrifícios de Noé e disse que não iria mais
destruir a terra por causa do homem. Ele disse que a terra iria continuar dando
seu fruto e tendo todas as suas
estações.
Deus também abençoou Noé e os
seus filhos e disse para eles multiplicarem e encherem a terra. Vejam que aqui
é como se fosse uma nova criação. Quando Deus criou Adão e Eva disse para eles
se multiplicarem e encherem a terra. Agora, depois da punição de Deus aos
homens por causa da maldade em seus corações, Deus está dando uma chance de
recomeço. Mas não seria igual ao que foi no Paraíso com Adão e Eva. Muitas
coisas mudaram e mesmo Deus renovando a aliança com o homem, os efeitos do pecado
ainda estariam atrapalhando nosso relacionamento com Deus e com o próximo.
Na aliança que Deus fez com Noé e
seus filhos ele disse que a terra nunca mais seria destruída com dilúvio e lhe
deu um sinal para que ele soubesse que Deus sempre é fiel em suas promessas.
Esse sinal é o Arco-íris. O Arco-íris já existia antes do dilúvio, mas agora a
função dele é de servir de lembrete da fidelidade de Deus e de suas promessas
feitas naquele dia. (Gênesis 9.8-17).
Todas as vezes em que o Arco-íris
aparece no céu, é um sinal da fidelidade de Deus e de sua aliança com toda a
criação. Os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, Cam e Jafé. A partir
deles se encheu toda a terra com novos habitantes. Um novo recomeço e vamos ver
como continuou a história da humanidade nas próximas histórias.
A salvação de Noé foi parte do
plano de salvação de Deus não apenas para salvar Noé, mas para cumprir
propósitos maiores de salvação para todos aqueles que creem em Deus. Quando nós
vemos o Arco-íris, devemos não apenas lembrar da salvação do julgamento do
dilúvio, por meio da arca, mas devemos nos lembrar da Salvação perfeita provida
por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Que Deus nos abençoe.
Perguntas para fixação de
aprendizagem
1 – Na primeira vez que Noé
soltou a pomba, ela voltou para arca. Você sabe por que ela voltou?
2 – O que Noé fez logo depois
que ele saiu da arca?
3 – Qual o significado do
Arco-íris?
4 – Você já viu um Arco-íris?
MATERIAL DE APOIO A ELABORAÇÃO
DAS HISTÓRIAS
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro,
NC (USA). 2011
3 – S. G. De Graaf, Promise and Deliverance
(vol. 1). Paideia Press. St. Catharines. Ontario (CA) 1977
4 – Matthew Henry. Comentário
Bíblico – Volume I – de Gênesis a Deuteronômio. CPAD. 4ª Impressão, 2017
5 – João Calvino. Comentário
no livro de Gênesis. Volume 1. CLIRE, 1ª Edição, 2018
História 5 – Noé: A humanidade
é destruída, mas Deus salva Noé e sua família. Gênesis 6 e 7
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Iraldo Luna
Vimos na história anterior que a
batalha entre a linhagem do descendente da mulher e os descendentes da serpente
já foi mostrada bem cedo na família de Adão e Eva, quando Caim se levantou
contra seu irmão Abel e o matou. Vimos ainda que os descendentes de Caim
cresciam e se mostravam cada vez mais como seguidores de Satanás, mas Deus
mostrou sua fidelidade garantindo uma descendência piedosa a Adão e Eva, com o
nascimento de outro filho, chamado Sete, a partir do qual, a promessa da
chegada de um Salvador seria cumprida no tempo determinado por Deus.
Apesar dos efeitos do pecado,
Deus continuou se mostrando misericordioso, mas a história de hoje vai mostrar
como ficava cada vez mais claro que o ser humano não poderia de forma alguma
resolver o problema do pecado sozinho.
Adão e Eva continuaram cumprindo
a ordem de Deus de crescer e se multiplicar (Gn 1.28). E seus filhos se casaram
e também tiveram outros filhos, de maneira que a terra ia ficando cada vez mais
cheia de pessoas. O mesmo também aconteceu com a descendência de Caim, e a
terra também foi se enchendo com seus descendentes que não queriam saber das
coisas de Deus.
Seguindo alguns estudiosos da
Bíblia, podemos entender que, no capítulo 6 de Gênesis, os filhos de Deus são
os descendentes da linhagem de Sete e que os filhos dos homens são os
descendentes da linhagem de Caim. E a Bíblia diz que os filhos de Deus ficaram
admirados com a beleza das filhas dos homens e começaram a se casar com elas.
Essa mistura não foi nada agradável para Deus, porque essa mistura fez com que
também muitos dos filhos de Deus começassem a praticar maldades na terra. E a
maldade se multiplicou cada vez mais. Deus viu toda essa maldade e também viu
que o coração do homem era muito mal. Então, em Gênesis 6.6, é dito que “o
Senhor se arrependeu de ter feito o homem na terra, e isso lhe foi pesado no
coração.” Deus decidiu, então, destruir os seres humanos e os animais.
Mas havia um homem na terra,
chamado Noé, que agradava a Deus. Ele foi visto pelo Senhor de maneira graciosa
(Gn 6.8) e assim foi capacitado a viver em justiça e integridade. A Bíblia nos
diz que Noé “era um homem justo e íntegro entre os homens de sua época e que
ele andava com Deus e tinha três filhos, chamados Sem, Cam e Jafé. (Gênesis 6.9-10)
Deus, então, foi até Noé e disse
a ele que iria destruir toda a vida que houvesse na terra, porque a terra
estava cheia de violência. Ele iria mandar um dilúvio. Um dilúvio é uma grande
quantidade de chuvas. Deus iria mandar tanta chuva que iria inundar toda a
terra e matar todos os seres em que há fôlego de vida.
Mas Deus ordenou Noé a construir
uma grande Arca (um grande barco). Deus disse exatamente como gostaria que essa
arca fosse feita em todos os seus detalhes. Deus, então, fez uma aliança com
Noé e disse que, na arca, deveriam entrar Noé junto com sua esposa, seus filhos:
Sem, Cam e Jafé, junto com as esposas deles, e ainda um casal de cada espécie
de animais para serem conservados em vida. Noé obedeceu e fez exatamente como
Deus ordenou. (Gênesis 6.13-22).
O trabalho de Noé, construindo a
arca, durou vários anos. As pessoas ao seu redor não ligavam para o que Noé
estava fazendo e viviam sua vida normalmente, sem levar a sério nenhuma palavra,
nem o trabalho de Noé. Em Mateus 24.37-39, nosso Senhor Jesus fala sobre isso.
Mas, então, a arca foi finalizada, e Deus deu ordem a Noé para entrarem na arca
ele e sua família. Com ele também entrou na arca um casal de vários tipos de
animais. E, depois que todos entraram na arca, Deus mesmo fechou a porta (Gn
7.16).
Noé tinha 600 anos quando Deus
mandou o dilúvio. Tudo aconteceu como o Senhor havia dito. Ele mandou forte
chuva sobre a terra. Dia e noite, choveu sem parar por quarenta dias. E tudo
que tinha fôlego de vida e habitava na terra morreu (Gn 7.22). Mas Noé, sua
esposa, e seus três filhos, Sem, Cam e Jafé, cada um com sua esposa, foram
salvos; e claro, também os animais que estavam com ele para povoar a terra
novamente.
Percebam, crianças, como o pecado
trouxe destruição e inimizade contra Deus desde o início. Até mesmo os filhos
de Deus caíram em pecado quando começaram a se casar com os descendentes de
Caim. As consequências foram fatais a ponto de destruir quase toda a raça
humana e até os animais que tinham sido criados por Deus. Em sua criação, Deus concluiu
dizendo que tudo era bom! Mas aqui, na história de Noé, Deus se comunica
conosco usando uma linguagem que nós entendemos muito bem: ele se diz
profundamente entristecido por causa da maldade dos seres humanos. Contudo, mais
uma vez, Ele se lembra de sua aliança feita com nossos primeiros pais, Adão e
Eva, e salva, por meio da arca, Noé e sua família. O dilúvio foi o julgamento
de Deus, e a arca foi o meio que Deus usou para livrar Noé e sua família desse
julgamento.
Da linhagem de Noé, isto é, de
sua descendência, nasceu nosso Salvador Jesus Cristo, aquele que nos livrou do
julgamento de Deus. Nos tempos de Noé, apenas quem entrou na arca foi salvo. E
hoje, apenas quem crê no nosso Senhor Jesus Cristo pode ser salvo.
Que Deus nos abençoe.
Perguntas para fixação da
aprendizagem
1 – Por que Deus resolveu
destruir a vida na terra?
2 – Deus destruiu realmente
todo mundo?
3 – Quantas pessoas entraram
na arca? Pode lembrar do nome dos quatro homens que entraram na arca?
MATERIAIS DE APOIO A
ELABORAÇÃO DA HISTÓRIA.
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro,
NC (USA). 2011
3 – S. G. De Graaf, Promise and Deliverance
(vol. 1). Paideia Press. St. Catharines. Ontario (CA) 1977
História 4 – Caim e Abel – Os
efeitos do pecado e a fidelidade de Deus. Gênesis 4
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Iraldo Luna
No capítulo anterior aprendemos
sobre a triste história da desobediência de Adão e Eva. No único momento em que
os seres humanos tiveram a liberdade para escolher, eles preferiram usar a
liberdade para desobedecer.
Apesar disso, Deus foi misericordioso
e ainda permitiu que o homem cumprisse o seu mandato de cuidar da terra e
governá-la, mas agora eles não iriam fazer isso com facilidade. Ao contrário,
por causa dos efeitos do pecado, seria uma grande luta. Lutas no casamento,
desgostos no trabalho e a morte perseguiriam todos os seres humanos até o fim.
Mas Deus também tinham dado uma
promessa de que nasceria um descendente da mulher que destruiria Satanás. Isso
certamente enchia Adão e Eva de esperança. Mas Deus também tinha dito que uma
grande batalha aconteceria entre os descendentes da serpente e os descendentes
da mulher.
E já podemos ver isso aqui no
capítulo seguinte quando aprendemos sobre a história de Caim e Abel.
Adão e Eva tiveram dois filhos:
um chamado Caim e outro Abel. Caim era um agricultor. Ele trabalhava no campo
plantando vegetais e outros tipos de alimento. E Abel era pastor de ovelhas.
Ele cuidava do rebanho, de onde tirava lã e pele para fazer roupas e também
preparava os animais para a oferta de sacrifício diante de Deus. Os sacrifícios
e ofertas eram uma forma de mostrar fidelidade a Deus e cultuá-lo e como
sabemos, também é um lembrete dos efeitos do pecado, que trouxe morte e
inimizade.
Adão ensinou bem aos seus filhos
acerca da necessidade de cultuar a Deus por meio de ofertas e lemos no
versículo 3 do capítulo 4 de Gênesis que eles obedeciam e assim Caim trouxe uma
oferta do fruto da terra para oferecer a Deus e Abel trouxe das primícias do
rebanho e da gordura para oferecer a Deus. E Deus se agradou da oferta de Abel,
mas não da oferta de Caim.
Mas porque Deus gostou apenas da
oferta de Abel e não da oferta de Caim? A Bíblia nos diz que depois desta
oferta, Deus conversou com Caim, porque sabia que Caim estava com muita raiva e
desanimado. E Deus perguntou a ele: “Por que você está com tanta raiva? Será
que se você fizer o que é certo, eu não vou gostar?” Gn 4.7. Assim, nós
entendemos que Abel ofereceu sua oferta com fé e sabendo que era um pecador necessitado
da Graça de Deus, enquanto que Caim certamente não tinha o mesmo sentimento
para com Deus. Deus alertou Caim para ter muito cuidado com o pecado dentro
dele, mas Caim não ouviu.
Caim estava irado e com ciúme de
seu irmão Abel. Então ele pensou em um plano para matar seu próprio irmão. Ele
chamou seu irmão para irem ao campo e estando lá, Caim matou Abel.
Vocês lembram que não dá para
esconder nada de Deus, não é? Deus sabe o que está dentro do nosso coração. Ele
já tinha mostrado isso quando sabia o que estava no coração de Caim quando ele
ofereceu o sacrifício e depois quando sabia que Caim estava com muita raiva. E
agora, mais uma vez, ele procura Caim, já sabendo o que ele tinha feito e
pergunta onde está Abel.
A resposta de Caim foi muito
arrogante e desrespeitosa para com Deus. Ele mentiu e desrespeitou Deus com seu
tom de voz: “Não sei; por acaso eu sou responsável por meu irmão?” Mas Deus
então sabia tudo o que Caim tinha feito e então o julgou e o disciplinou. Deus
disse que a partir daquele momento, Caim, que vivia do trabalho da terra, não
mais conseguiria colher nada do seu trabalho. Se ele plantasse alguma coisa,
não cresceria. Ele ficaria fugindo o tempo todo e não encontraria um lugar para
morar por muito tempo.
Caim então disse a Deus que essa
punição era muito pesada para ele e que qualquer pessoa que encontrasse ele
iria querer matá-lo. Mas Deus colocou um sinal em Caim para protegê-lo e assim,
qualquer pessoa que encontrasse Caim não iria matá-lo. Ninguém sabe exatamente
que sinal era esse, mas as pessoas quando o vissem, não iriam mexer com Caim.
Imaginem que notícia humilhante e
destruidora para Adão e Eva! Eles descobriram que já desde o início de suas
vidas fora do Jardim do Éden, o pecado já mostrava seus efeitos de maneira
devastadora. Mesmo os pais tendo ensinado sobre o pecado e a graça de Deus aos
seus filhos, ainda assim, é possível que um ou outro não obedeça aos
ensinamentos, como fez Caim.
A Bíblia ainda mostra que os
descendentes de Caim foram verdadeiros seguidores de Satanás. Ele era casado e
teve filhos e netos. Um de seus tataranetos era tão mal que fez um poema
mostrando o quanto ele era feliz por ser um homem violento. Gênesis 4.23-24.
Mas Deus continuou mostrando Sua
Graça. Adão e Eva tiveram outro filho no lugar de Abel. O nome dele era Sete. E
de Sete nasceu outra criança chamada Enos e a partir daquele momento se começou
a invocar o nome do Senhor. Ali ficava clara a distinção entre a semente de
Satanás, que foi Caim, com sua família crescendo cada vez mais em maldade, e a
semente de Deus, que foi um outro filho de Adão, Sete, por meio de quem a
promessa de um Salvador seria cumprida.
O sangue derramado de Abel não
foi suficiente para resolver o problema do pecado, mas a promessa de Deus de
enviar um descendente de Adão para salvar seus filhos continuou firme e
aconteceu no tempo certo. Jesus Cristo, descendente de Adão e Eva, da linhagem
de Sete, resolveu o problema do pecado. O sangue de Abel pedia justiça por sua
morte (Gênesis 4.10), mas o sangue de Cristo é o que traz a paz e a salvação
para todos aqueles que nele creem. (Hebreus 12.24).
Que Deus nos abençoe.
Perguntas para fixação de
aprendizagem
1 – Qual era o trabalho e Caim
e qual o trabalho de Abel?
2 – Qual foi a oferta de Caim
e qual a oferta de Abel oferecida a Deus?
3 – Por que Deus não ficou
satisfeito com a oferta de Caim?
4 – Qual o nome do filho que
Adão e Eva tiveram depois que Abel morreu?
MATERIAIS DE APOIO A
ELABORAÇÃO DA HISTÓRIA.
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro,
NC (USA). 2011
3 – S. G. De Graaf, Promise and Deliverance
(vol. 1). Paideia Press. St. Catharines. Ontario (CA) 1977
História 3 – A desobediência
de Adão e Eva e a Graça de Deus sobre a humanidade (Gn. 3)
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Elissandro Rabelo
Vimos que Deus criou o mundo com toda a sua beleza e também plantou um jardim chamado Jardim do Éden, onde o homem e a mulher iriam viver glorificando a Deus e desfrutando de tudo aquilo que Deus lhes tinha dado. Eles iriam trabalhar com alegria, servindo a Deus, cuidando do jardim e também cuidando um do outro e dos filhos que lhes iriam nascer, pois Deus lhes tinha mandado multiplicar e encher a terra (Gn. 1.28) . Eles viveriam em comunhão perfeita com Deus e um com o outro. Esta foi uma aliança que Deus fez entre Ele e a humanidade. Deus seria seu pai bondoso e que lhes providenciaria tudo que eles precisassem para viver como Seus filhos amados. Uma aliança é um acordo. E todo acordo tem duas partes. O homem também precisava assumir responsabilidades. Além de cuidar e governar a terra, o homem precisava se relacionar com Deus lhe obedecendo e honrando como Criador.
Vocês lembram que no meio do
jardim do Éden havia duas árvores bem especiais: a árvore da vida e a árvore do
Conhecimento do bem e do mal. Deus fez a seguinte exigência ao homem: “Você
pode comer à vontade de toda árvore que está no jardim, menos da árvore do
conhecimento do bem e do mal, porque se você comer dessa árvore, você vai
morrer.” Gênesis 2.16.
Não sabemos exatamente como era o
fruto dessa árvore e certamente não podemos dizer que era uma maçã, pois a
Bíblia não diz isso. Essa imagem aqui é apenas uma ilustração diferente para
tentar tirar da cabeça aquela ideia da maçã como o fruto proibido. Mas o que
importa é que para o homem e para a mulher, a ordem era clara. Eles não tinham
dúvida sobre qual era a árvore proibida.
O homem e a mulher foram capacitados
por Deus para viverem uma vida de obediência e comunhão com Ele. Mas Deus
também lhes deu liberdade para se relacionar verdadeiramente com Ele. E essa
liberdade foi testada.
Entre os animais que Deus criou
havia a serpente. Não sabemos ao certo como era essa serpente, mas a Bíblia diz
que ela era o mais esperto de todos os animais. E satanás usou a serpente para
se aproximar primeiramente da mulher e se comunicar com ela. Satanás também é
conhecido como diabo. Ele é um anjo que se tornou
rebelde e não queria obedecer a Deus e por isso foi expulso do céu para a
terra. Ele é inimigo de Deus. Nós sabemos pela Bíblia que o diabo é o
pai da mentira (João 8.44). E ele usou essa sua habilidade para enganar a
mulher. Ele perguntou a mulher: “Deus disse para vocês não comerem de toda a
árvore do jardim.” E ala respondeu: “podemos comer de toda a árvore do jardim,
menos da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois se comermos dela nós
morreremos.” Gn 3.2-3.
O diabo então continuou sua conversa
e mentiu para a mulher dizendo que eles não iriam morrer se comessem daquela
árvore, mas que iriam ser iguais a Deus.
A mulher, então, acreditou na
serpente e preferiu desobedecer a ordem que Deus tinha dado. Ela achou que a
árvore era boa para se comer e desejável para dar entendimento, então pegou do
fruto e comeu; e além de ter desobedecido ela também deu ao seu marido e ele
comeu, assim também desobedecendo.
Assim que os dois comeram, eles
ficaram muito envergonhados um do outro. A pureza que eles tinham antes deu
lugar a vergonha. Antes eles não tinham maldade no coração e por isso nem
precisavam de roupas. Mas agora, envergonhados, eles pegaram folhas de uma
árvore e fizeram roupas para se vestirem e tentarem cobrir a vergonha deles. E
depois quando Deus chegou no jardim, eles ficaram com muito medo e tentaram se
esconder.
Mas não dá para se esconder de
Deus! E nem dá para esconder nossos pecados de Deus! Ele sabe de tudo. Mesmo
assim, Deus procurou o homem e a mulher e conversou com eles para ouvir deles o
que eles tinham feito.
Deus começou pelo homem, porque o
homem foi criado primeiro. Ele tinha um papel de liderança e deveria ter sido
fiel, mesmo quando sua mulher veio e lhe ofereceu do fruto proibido. Ele
deveria ter lembrado de todo o ensino de Deus e do amor de Deus com ele, mas
ele desobedeceu. Deus então lhe perguntou por que desobedeceu. Mas ao invés de
se arrepender de seu pecado, o homem jogou a culpa na mulher. Ele disse: “foi a
mulher que me deste que me deu do fruto e eu comi!” Gn 3.12. Vejam que na
verdade, o homem está dizendo que a culpa é de Deus! É como se ele dissesse: “a
mulher que o Senhor me deu não foi bem feita! Então a culpa não é minha! É Sua!”
Deus então continuou o seu
julgamento e chamou a mulher. Ela também recebeu o ensinamento correto do que
precisava para viver em comunhão com Deus. Deus então lhe perguntou por que ela
desobedeceu. E a resposta dela também não foi de arrependimento e confissão de
pecado. Ela apontou para a serpente. Ela disse: “a serpente me enganou e eu
comi!” Gn 3.13.
No caso da serpente não houve
perguntas, mas apenas condenação, pois ela era Satanás, o diabo! Não há defesa
para o diabo! Ele ama a mentira e a morte das pessoas. Ele estava feliz por ter
arruinado a obra de Deus. Deus então amaldiçoou satanás, avisando sobre sua
derrota final.
Deus foi amoroso com sua criação
e não a destruiu, mas ele mostrou ao homem e a mulher que o pecado sempre tem
consequências.
Ele disse a mulher que a partir
daquele momento ela iria sentir dores ao dar a luz a uma criança e que agora, o
relacionamento amoroso e pacífico que ela tinha com seu esposo, seria vivido em
meio a uma luta e sua vontade agora seria governada por seu marido.
E a Adão Deus disse que a terra
seria maldita por causa do pecado dele. Agora ele não iria ter toda aquela
quantidade de frutas que ele tinha no paraíso de maneira tranquila. Ele teria
de trabalhar duro e suar bastante para conseguir sua comida e a terra que antes
só tinha árvores e vegetação perfeita, agora vai começar a produzir espinhos e
mato. O trabalho não seria mais um prazer para o homem, mas um peso e
obrigação.
E Deus também disse que um dia
eles iriam retornar ao pó, significando agora que um dia a morte chegaria até
eles.
Tudo isso foi muito triste e
trouxe consequências para toda a humanidade. Mas já vemos aí a misericórdia e
graça de Deus. Ele poderia ter destruído tudo, mas ele já tinha uma solução
para a salvação da humanidade.
Quando ele estava amaldiçoando a
serpente, ele deu esperança para Adão e sua mulher. Ele falou que um filho que
nasceria de uma mulher e derrotaria a serpente. Isso mostrou que Adão e sua
mulher continuariam vivos e poderiam ter filhos e viver, mas sabemos que agora
a vida não seria fácil e agora eles iriam viver uma luta constante entre
aqueles que amam a Deus e aqueles que seguem o diabo que é o pai da mentira.
Adão deu o nome de Eva a sua
mulher, pois ela seria a mãe de todos os seres humanos.
Depois disso, Deus fez roupas de
peles para Adão e Eva e os expulsou do jardim do Éden e colocou anjos para
proteger o jardim e assim eles não poderiam mais voltar.
A desobediência de Adão e Eva
teve várias consequências. Primeiro eles quebraram o relacionamento deles com
Deus; depois por causa de seu pecado, toda a terra e a humanidade foi
amaldiçoada e nós também sofremos por causa do pecado.
Tudo que Deus tinha dito que
aconteceria se eles desobedecessem estava acontecendo. Mas Deus foi bondoso com
eles. Eles deveriam morrer, mas Deus desviou a sua ira deles, prometendo uma
salvação e uma reconciliação. Mas até que essa salvação perfeita chegasse, era
preciso entender a seriedade do pecado. Adão e Eva não morreram naquele
momento, mas sangue foi derramado em lugar deles. Adão e Eva tentaram cobrir sua vergonha com
roupas feitas de folhas de figueira, mas Deus fez roupas de peles de animais e
os vestiu. Então, para cobrir a vergonha do pecado de Adão e Eva, foi
necessária a morte de um animal inocente.
Crianças, tudo isso apontava para
nosso Salvador Jesus Cristo, o Filho de Deus. O descendente da mulher que irá
esmagar a cabeça da serpente e também o cordeiro de Deus, que foi sacrificado
na cruz para cobrir a vergonha do pecado e nos reconciliar com Deus.
Vemos aí a Graça de Deus sobre a
vida de Adão e Eva e também nós já podemos desfrutar um pouquinho dessa Graça
de maneira muito especial, pois nós já conhecemos nosso Senhor Jesus Cristo por
meio de Sua Palavra.
Que Deus nos abençoe!
Perguntas para fixação de
aprendizagem
1 – Qual foi a regra que Adão
e Eva desobedeceram?
2 – Quem era a serpente?
3 – Quando Deus chegou no
jardim, Adão e Eva tentaram se esconder. Será que dá para se esconder de Deus?
4 – Quando Deus falou com Adão
e Eva para saber o que eles fizeram, Adão culpou Eva, e Eva culpou a serpente.
Alguma vez você já colocou a culpa em outra pessoa por algo que você tenha
feito de errado?
5 – Quem é o Salvador perfeito
que vai destruir Satanás e nos reconciliar para sempre com Deus?
MATERIAIS DE APOIO A
ELABORAÇÃO DA HISTÓRIA.
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro,
NC (USA). 2011
3 – S. G. De Graaf, Promise and Deliverance
(vol. 1). Paideia Press. St. Catharines. Ontario (CA) 1977
História 2 – A criação do
Homem e da Mulher – Gênesis 2.4-25
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Elissandro Rabelo
Em Gênesis 1, nós lemos o relato de toda a criação de Deus. Aprendemos que do nada, Deus trouxe a existência todas as coisas: a luz, o céu, as águas, o sol, a lua e as estrelas, a terra, a vegetação e todas as espécies de animais e por fim, a mais nobre de todas as criaturas de Deus: o homem, e depois sua esposa.
Apesar de que toda a criação de
Deus foi algo maravilhoso, onde o próprio Deus mostrou diversas vezes sua
satisfação com aquilo que ele criou, a criação do homem foi o ponto mais
especial. Na verdade, podemos dizer que tudo estava sendo preparado para que
fosse completo com a chegada do homem. Com detalhes, o Capítulo 2 de Gênesis
nos mostra como aconteceu a criação do homem.
Primeiro é importante lembrar que
somente os seres humanos foram feitos a imagem de Deus. Em Gênesis 1.26 está
escrito“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os
animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam
pela terra.” “Imagem e semelhança de Deus” não quer dizer que o corpo do
homem era igual a Deus, pois Deus é espírito. Ele não tem corpo. Às vezes a
Bíblia fala sobre “o dedo de Deus”, “a mão de Deus”, “o coração de Deus”, mas
isso é apenas uma forma de comunicar de maneira que nós podemos entender. A
imagem e semelhança de Deus significa que o homem é capaz de entender e agir;
que ele é capaz de governar, temer e servir a Deus e que ele foi criado em
pureza e retidão. O homem foi criado capaz de se relacionar com Deus de uma
maneira que nenhuma de suas criaturas poderia.O Salmo 8.5-6 nos diz “Fizeste-o,
no entanto, por um pouco, menor do que Deus
e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da
tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste:”
O homem então foi o representante
de Deus aqui na terra, dominando e cuidando de toda a sua criação.
Então, no sexto dia, Deus
resolveu criar o homem. Para criar o homem, Deus usou do pó da terra. Depois de
formá-lo, Deus soprou no nariz do homem o fôlego da vida e assim o homem passou
a existir. Gênesis 2.7. Tendo formado o homem, Deus o colocou em um
jardim muito especial que foi plantado pelo próprio Deus, onde Adão poderia
viver. Lá havia todo tipo de árvores belas e cheias de frutos. E havia também
duas árvores muito especiais: a árvore da vida no meio do Jardim e a árvore do
conhecimento do bem e do mal. Ele poderia comer de toda a árvore do jardim,
menos da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Mas Deus não parou com a criação
do homem. Ele sabia que não era bom que o homem estivesse só. Ele precisava de
alguém pra ser sua companheira e sua melhor amiga. O homem conhecia todos os
animais e nenhum deles poderia lhe completar. Então Deus fez o homem adormecer,
como se ele estivesse anestesiado, e então tirou uma das costelas do homem e
fechou o lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tirou do homem,
transformou em uma mulher e lhe apresentou ao homem. Gênesis 2.21-22. Imaginem
a felicidade do homem quando ele viu, finalmente, alguém que combinava com ele!
Ele ficou tão feliz que fez um poema: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e
carne da minha carne; será chamada de varoa, porque do varão ela foi tomada.”
Gn 2.23.
No Capítulo 3 nós descobrimos que
o nome do homem é Adão e o nome da mulher é Eva. Aqui nós vemos o primeiro
casamento. Dois seres que combinam e se completam, o homem criado para a mulher
e a mulher criada para o homem! Ambos criados para a glória de Deus e que agora
vão se relacionar de maneira completa na presença de Deus. Eles se tornaram uma
só carne. O versículo 24 de Gênesis 2 diz: “Por isso, deixa o homem pai e
mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” Foi assim que nasceu o casamento conforme o plano de Deus.
É da vontade de Deus que uma mulher seja entregue a um homem e os dois se casem
e passem a viver juntos até que a morte os separem.
Os dois se amavam e se
respeitavam. Eles viviam em perfeita harmonia. Um não tinha vergonha do outro.
Não havia maldade em seus corações. Eles foram criados para se relacionarem
entre si e com Deus em obediência e santidade. E Deus lhes deu tudo que eles
precisavam para viver assim.
Assim como Adão e Eva, nós também
podemos manter um relacionamento verdadeiro com Deus, pois também somos seus
filhos e filhas.
Que Deus abençoe vocês.
Perguntas para refletir
1 – Em qual dia Deus criou o
homem e a mulher?
2 – Como Deus criou o homem?
3 – Como Deus criou a mulher?
4 – Porque os seres humanos
são mais especiais que todo o resto da criação?
Materiais de apoio a produção
da história:
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press,
Greensboro, NC (USA).
3 – Mathew Henry. Comentário
Bíblico do Antigo Testamento – Volume I – Gênesis a Deuteronômio. CPAD 2017.
História 1 – A Bela Criação de
Deus. Gênesis 1.1-2.3
Texto: Elias Barbosa da Silva
Revisão: Pastor Elissandro
Rabelo
Você já foi a uma praia? Já viu aquele mar belo e que nem dá pra ver o fim, com suas belas ondas quebrando na beira da praia? Já viu uma floresta? As pessoas que moram em sítios e no interior são acostumados a ver várias florestas. Nelas a gente vê vários tipos de árvores, grandes e pequenas, com frutas e sem frutas. Já prestou atenção ao céu durante o dia e durante a noite? Durante o dia, naqueles dias ensolarados, dá pra ver aquele céu lindo e azul com belas nuvens, que as vezes até parecem algodão doce, não é? E durante a noite você consegue ver as estrelas e a lua. E você já foi num zoológico? Os zoológicos são um bom lugar para a gente poder ver vários tipos de animais.Lá tem ursos e leões enormes, jacarés e também tem passarinhos, cobras e em alguns tem até peixes e tubarões. São muitos os tipos de animais, não é? Você sabia que tudo isso foi criado? Pois é! Deus criou todas as coisas. Tudo que nós vemos: o céu, as estrelas, o sol, a lua, os mares, as montanhas, os animais e até eu, você e sua família, fomos criados por Deus. A Bíblia conta isso no seu primeiro livro, chamado Gênesis no capítulo 1.
Antes das coisas serem criadas,
existia apenas Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo. Em Sua Soberania, O Deus
triúno decidiu criar para sua própria glória, a partir do nada, o universo. Do
nada significa que Deus não usou nada para criar a terra, além de sua própria
sabedoria e palavra.
Logo no início então ele criou os
Céus e a terra, mas não havia nada ocupando nosso planeta. Era tudo sem forma e
vazio. Apenas o Espírito de Deus que se movia por sobre as águas. Então Deus
começou a sua obra. Em seu primeiro dia de trabalho, Ele disse: haja luz
e então a luz apareceu. Deus ficou muito satisfeito com a luz que tinha criado
e então ele fez separação entre a luz e a escuridão. Ele chamou a luz de dia e
a escuridão de noite. Assim ele terminou o trabalho do primeiro dia da criação.
Então veio o segundo dia de trabalho. Deus então criou o firmamento, que
conhecemos como Céu. E fez separação entre as águas que ficam no céu (as
nuvens) e as águas que ficam debaixo do céu. Chegamos ao terceiro dia de
trabalho. As águas que Deus tinha separado no segundo dia, cobriam toda a
terra. Não tinha nenhum lugar seco sequer! Mas então Deus ordenou a todas as
águas debaixo do céu a se juntarem num só lugar e que aparecesse a porção seca.
Deus chamou o ajuntamento das águas de mares e a porção seca chamou de terra. Deus
então ordenou que na terra nascesse todo o tipo de vegetação. Foram criadas
então as florestas com todos os tipos de árvores que dão fruto e as que não dão
fruto. Deus ficou muito satisfeito com o que tinha criado até o terceiro dia.
Imaginem que beleza! Vocês lembram que a terra era sem forma e vazia. E que até
o terceiro dia, Deus já tinha criado a luz para diferenciar o dia da noite, depois
criou o céu, fazendo a separação entre as águas em cima nos céus e as águas em
baixo do céu e que acabamos de ouvir que ele criou os mares, a terra seca e todas árvores que existem. Deus está
criando um quadro perfeito e belo, cheio de cores e formas. E vai ficar mais
belo ainda. No quarto dia, Deus criou o sol para iluminar a terra
durante o dia e a lua para iluminar a noite. Ele fez também as estrelas. O sol,
a lua e as estrelas não existem apenas para ficarem bonitos no céu pra gente
olhar! Eles também servem como sinais para as estações, os dias e os anos. Por
meio do sol e da lua nós também sabemos quando está de dia e quando está de
noite. E viu Deus que isso era bom! No quinto dia, foi o dia em que Deus
criou todos os animais que habitam as águas e o céu. Os animais aquáticos (como
o pequeno cavalo marinho e as grandes baleias); os animais do céu (como o
pequeno beija-flor e as águias). Deus ficou muito satisfeito com o que ele
criou. Deus ordenou que eles se multiplicassem e tivessem vários filhotes para
povoar as águas e o céu. No sexto dia, Deus ordenou que a terra
produzisse os animais viventes, dentre eles todos animais domésticos (como a
ovelha e a vaca); os répteis(como a lagartixa e o crocodilo) e todos os
animais selvagens (como a onça e o gorila). Mas logo em seguida, Deus coroou a sua
obra com a criação do homem e da mulher. Os detalhes sobre a criação deles nós
veremos na próxima história. Mas aqui é importante dizer que de toda a criação,
foi apenas na criação do homem que Deus começou dizendo: Façamos o homem a
nossa imagem e semelhança. Então, o homem foi criado para coroar a criação.
Fomos criados para cuidar de toda a criação especial de Deus. Assim como toda a
criação, nós também fomos criados para a glória de Deus. O homem e a mulher
também deviam ter filhos e encher a terra. Deviam também cuidar dela e dominar
sobre todos os animais. É como se o homem e a mulher fossem o rei e a rainha da
criação. E viu Deus tudo quanto fez e concluiu que era muito bom.
No sétimo dia, Deus descansou de
toda a obra que fez. Ele não descansou porque estava cansado, mas porque ele estabeleceu
um dia para que servisse de lembrança e para que o adoremos. Deus criou todas
as coisas para sua glória e reservando um dia para descansar, ele nos ensina a
nos lembrar de toda a obra da criação que ele fez. Esse dia no início foi o
sábado, mas no Novo Testamento mudou para o domingo. Veremos como foi isso em
outra história.
Bom, no início nós falamos que
antes de tudo ser criado, Deus estava na Eternidade como o Deus triúno (Deus,
Jesus Cristo e o Espírito Santo). No novo testamento, em Colossense 1.15,16, o
Apóstolo Paulo falando sobre Jesus Cristo diz que todas as coisas foram criadas
por meio dele e para ele. Também Hebreus 1.1-2 diz que Jesus Cristo é o
herdeiro de todas as coisas e por meio dele também o universo foi criado. E João
em seu Evangelho, Capítulo 1, versículo 3 diz: “Todas as coisas foram feitas
por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”
DEUS CRIOU O MUNDO PARA SUA
GLÓRIA
É maravilhoso ver a trindade
envolvida na obra de Criação. Que você admire cada vez mais a criação do nosso
Deus.
Que Deus abençoe vocês.
Perguntas para refletir:
1 – Em quantos dias Deus criou
o mundo? (Lembre-se que no sétimo dia, a obra já estava criada e ele apenas
descansou do que tinha feito)
2 – Depois de ler Gênesis 1
com seus pais, você acha que Deus gostou daquilo que Ele criou?
3 –
Qual parte da criação de Deus você acha mais incrível?
Fontes usadas para elaboração
da história.
1 – Bíblia de Estudo de
Genebra.
2 – Marty Machowski. The Gospel Story Bible:
discovering Jesus in the Old and New Testaments. New Growth Press, Greensboro,
NC (USA).
3 – Mathew Henry. Comentário Bíblico do
Antigo Testamento – Volume I – Gênesis a Deuteronômio. CPAD 2017.